O Município

Dados do município.

Dados do município/localização

Fundação: 09/08/1858
Emancipação Política: 9 de agosto
Gentílico: baturiteense
Unidade Federatíva: Ceará
Mesorregião: Norte Cearense
Microrregião: Baturité
Distância para a capital: 100 KM

Dados de características geográficas

Área: 308,00
População estimada: 33326
Densidade: 107,00
Altitude: 175
Clima: Tropical úmido (média: 30º a 24º)
Fuso Horário: UTC-3
Baturité é um município brasileiro do estado do Ceará. Localiza-se na microrregião de Baturité, mesorregião do Norte Cearense. Sua população estimada no último censo é de 32.968 habitantes que representa cerca de 0,38% da população do estado de Ceará . Baturité é a terra natal de Franklin Távora, escritor do romantismo, autor de O Cabeleira; de Luiz Severiano Ribeiro, o fundador do Grupo Severiano Ribeiro e do Major Antônio Couto Pereira, um dos maiores presidentes do clube de futebol Coritiba, responsável pela construção do antigo estádio Belfort Duarte, atual Estádio Major Antônio Couto Pereira.
Região habitada por diversas etnias como os Potyguara, Jenipapo, Kanyndé,[8] Choró e Quesito, recebeu a partir do século XVII diversas expedições militares e religiosas. Com a expulsão dos holandeses, a coroa portuguesa iniciou o processo de ocupação definitiva das terras cearenses que intensificou-se através da ocupação missionária pelos Jesuítas, a doação de sesmarias, busca de metais preciosos e a implantação da pecuária do Ceará. Em 1755, Baturité, ou melhor, Missão de Nossa Senhora da Palma, surge neste contexto como uma missão tendo como finalidade aldear os índios da região. Em 1759, com a expulsão dos Jesuítas, a missão foi elevada a condição de Vila com o nome de Monte-Mor o Novo d'América. Em 1791, nesta vila foi reunido aos Kanindé, Jenipapo um contingente de índios oriundos de missões em conflitos, como: os Jucá da Vila de S. Mateus, os Paiacu da Vila de Monte-Mor-o-Velho e da Vila de Portalegre.[9]

Por causa do clima ameno e da água em abundância, Baturité e outros municípios vizinhos serviram de refúgio para populações sertanejas de cidades como Canindé e Quixadá, que ali se abrigaram durante a Seca dos Três Setes (1777 a 1793). Um marco da presença católica no município é o grupo de igrejas, conventos e mosteiros que ainda resistem ao tempo e alguns deles convertidos em hospedarias nos dias atuais.

Em 1824, Manoel Felipe Castelo Branco trouxe do Pará para Baturité, mudas de café, fato que trouxe transformações na atividade econômica e vida social local.

Na metade do século XIX, Baturité tinha como principal atividade econômica a cultura do café, chegando na época a deter 2% de toda a produção brasileira. Há relatos de que o café de Baturité era um dos mais apreciados nas cafeterias francesas. Com o crescimento da cultura do café surge a necessidade de uma via mais rápida de escoamento da produção para o porto de Fortaleza, que era feita através das precárias estradas da época. Neste contexto, em 1870, um grupo de comerciantes lança a proposta de construir a primeira ferrovia no estado, constituindo juridicamente a Estrada de Ferro de Baturité e um porto em Fortaleza. Em 1882, é inaugurada a estação ferroviária de Baturité,[10] pela qual o café foi transportado diretamente ao Porto de Fortaleza. Em 1921, com a expansão da estrada de ferro, Baturité recebe mais uma estação ferroviária, mais precisamente no povoado do Açudinho (hoje Alfredo Dutra)[11].

A cultura do café, entre 1870 até a superprodução e a superoferta de 1929, impulsiona a economia e a vida social de Baturité, bem com a modernização da cidade. A partir do início do século XX, Baturité vivenciou fortemente o movimento religioso da Ação Católica, principalmente com o vigário local Monsenhor Manoel Cândido e seu pupilo Ananias Arruda. Desse movimento católico surgiram vários prédios religiosos na cidade como:

o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (1934)
o Colégio Salesiano Domingos Sávio (1932)
o Círculo Operário Católico de Baturité (1924)
a Escola Apostólica dos Jesuítas (1927)
1882 - Inaugurada a Estação de Baturité da Estrada de Ferro de Baturité (marco no desenvolvimento da cidade)
a Central de Abastecimento de Água de Baturité pela firma Catão e Pinto - realização do Major Pedro Catão e do Cel. José Pinto do Carmo (30 de março de 1917)
o serviço de luz elétrica de Baturité (2 de junho de 1918), realização de Horácio Dutra. Em 1921 esta empresa foi transferida para o Cel. José Pinto do Carmo
Em 1896 nasceu o Major Antônio Couto Pereira que, ainda jovem, foi morar com alguns familiares em Curitiba e em 1916 filiou-se ao clube de futebol Coritiba. Em 1926 foi presidente do clube pela primeira vez. O nome do estádio do time é em homenagem ao ilustre Antônio Couto Pereira. Ele é tio-avô do técnico em edificações e historiador cearense Gustavo Braga
Não há evidência de uma belle époque em Baturité; a classe média era bastante exígua e sua população era basicamente rural. Suas ruas só ganharam pavimentação a partir de 1932, na administração do Capitão Ózimo de Alencar. Ainda assim, contou com um atuante movimento urbano nas décadas de 1920 e 1930.
Um dos principais eventos culturais da cidade são as Festas de Nossa Senhora da Palma, padroeira do município, que se realiza entre os dias 06 a 15 de agosto e a Festa de Santa Luzia que se realiza entre os dias 03 a 13 de dezembro. A feira livre, sempre realizada aos sábados, também já é um marco cultural na cidade e reúne feirantes da cidade e de regiões vizinhas.

Espalhados pela cidade, principalmente pela região central, encontram-se casarões em estilo colonial construídos em meados do século XIX, época da fartura do café, alguns poucos tombados. Estátuas e bustos de baturiteenses notórios, como Ananias Arruda e Valdemar Falcão, estão expostos em praças que levam seus nomes. A influência da igreja católica na cultura da cidade é bastante expressiva. O monumento erguido à Nossa Senhora de Fátima, trazido de Portugal, pode ser visto de praticamente toda a cidade e muitos se aventuram em chegar lá vencendo seu acesso que possui 365 degraus. A bi-centenária igreja de Nossa Senhora da Palma, construída em 1762 no estilo bizantino com predominação no barroco, é a única nesse estilo no Brasil e já serviu como depósito de pólvora na época da Confederação do Equador.

No entanto, denota-se atualmente, a destruição progressiva de vários casarões e até monumentos históricos para ceder lugar a prédios comerciais. Não existem políticas de conscientização ou para restringir a degradação do patrimônio histórico de Baturité.

Pontos turísticos
Igreja matriz
Prédio da Cultura (hoje a sede da Secretária de Saúde)
Pelourinho (marco da fundação da cidade)
Palácio Entre Rios (antiga cadeia municipal e hoje sede da prefeitura)
Igreja Matriz de Cristo Rei (localizada em um alto no bairro do Putiú)
Museu Comendador Ananias Arruda
Estrada de Ferro juntamente com a estação ferroviária (onde expõe obras de Olavo Dutra Alencar)
Via Sacra Pública de Baturité (com 365 degraus)
Imagem de Nossa Senhora de Fátima (exposta no alto do morro da Via Sacra, a maior imagem da santa no mundo)
Igreja de Santa Luzia (inaugurada em 1879)
Antiga Escola Apostólica dos Jesuítas (atualmente conhecida como Mosteiro dos Jesuítas, funciona como casa de retiros, encontros religiosos, congressos, hospedagem e descanso. O prédio lembra um castelo medieval);
Mirante do Cruzeiro (magnífica obra de uma cruz com 25 metros de altura sobre uma montanh, monumento recém inaugurado).
O município de Baturité é dividido de forma mista, pois o município compreende quantidade significativa, quer de território urbano, quer de território rural.

Baturité Sede ano de criação: 1763
Distrito Candeia Boa Vista ano de criação: 1991
Distrito Candeia São Sebastião, ano de criação: 1991
Antes de chegar luz elétrica, a cidade era mantita às claras, até 10 da noite, graças a um motor que funcionava a carboreto.

O primeiro serviço de coleta de lixo da cidade era um lixeiro que passava com um carro de mão de porta em porta recolhendo os dejetos.

As moças de classe média alta possuiam e tocavam piano. Podia-se confundir os sons dos pianos ao anoitecer.

A Tribo indígena Baturité deu o nome à Serra; e esta denominação estendeu-se ao território que atualmente pertence ao Município. Não são unânimes, todavia, os estudiosos em relação à origem do vocábulo.

A cultura do café, entre 1870 até a superprodução e a super oferta de 1929, impulsionou a economia e a vida social de Baturité, bem com a modernização da cidade. A partir do início do século XX, Baturité vivenciou fortemente o movimento religioso da Ação Católica, principalmente com o vigário local Monsenhor Manoel Cândido e seu pupilo Ananias Arruda. Desse movimento católico surgiram vários prédios religiosos na cidade como:
– O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (1934)
– O Colégio Salesiano Domingos Sávio (1932);
– O Círculo Operário Católico de Baturité (1924);
– A Escola Apostólica dos Jesuítas (1927)

Hino de Baturité

Hino de Baturité

Ao sopé de elegantes montanhas
Uma linda cidade brotou
Adornada de graças tamanhas
Que o céu encantado abraçou!

(Estribilho)
Monte-mor, Baturité
Tua fé se fez memória
O teu povo te bendiz
E é feliz, por tua história!

Numa Aldeia Comum protegidos
Jenipapos e irmãos Canindés,
Habitavam tranqüilos e unidos,
Como as águas do rio a seus pés!

Portugueses heróis na aventura
Deste imenso País desbravar,
Nos trouxeram com sua cultura
A saudade sem fim de além-mar!

Decantados em belos poemas
Homens fortes, altivos, de cor
Ensinaram, quebrando as algemas
Que não há liberdade sem dor!

Hoje, somos herdeiros da alma
E das terras de nossos avós
Onde Nossa Senhora da Palma
Pede as bênçãos de Deus sobre nós.

Brasão vertical


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